No meio do que foi apelidado de Black Lives Matter 2020, a agência criativa Athletics respondeu a um chamado aberto para dar vida a essa ideia inovadora. Tudo começou com a ativista criativa Annika Hansteen-Izora tendo uma visão de desenvolver ecossistemas criativos negros, comunidades lideradas por negros, para promover a arte, a criatividade e a imaginação.
A nomenclatura da marca é baseada no conceito de ecossistema, que significa um complexo de ambiente vivo no qual cada organismo interage com outra unidade, pode se unir, atraindo as “forças” de outras.
A criatividade coletiva – como base conceitual da marca – é o produto da atuação de diferentes representantes culturais, cuja nacionalidade e filiação racial evocam uma atitude especial da sociedade. Em meio ao flash mob Black Lives Matter, o surgimento dessa marca torna-se fundamental, pois a comunidade visa popularizar talentos e ampliar a experiência de interação com diversos representantes da arte contemporânea. É uma espécie de ferramenta de apoio às forças criativas negras, capaz de desenvolver, ensinar, cultivar, cuidar e identificar diferentes unidades da sociedade que desejam ser reconhecidas por meio da arte e da prática criativa.
O design da marca é simples, mas claro à primeira vista. O logotipo é uma variante de fonte preta que parece inflexível e esteticamente agradável. Fonte suave, detalhes acentuados na letra r, t, y, assim como a posição fechada da linha da letra fala da unidade de grupos de pessoas que poderiam colaborar sob os auspícios dos Ecossistemas Criativos. Aliás, a fonte parece subir, é bastante alongada, as letras são arredondadas. Parece apresentável, mas, infelizmente, é impossível dizer que transmita com clareza a ideia da marca e ilustre a sua especialização.
Esse pode não ter sido o objetivo quando o logotipo foi criado pelo Athletics.
O resultado é um logotipo elegante e apresentável, bem definido, que ficará ótimo em qualquer mídia, especialmente digital. Elementos de identidade que o acompanham, como, por exemplo, a espiral criada a partir das letras C e E, parecem incomuns e intrigantes. Isso já fala de uma certa manifestação do pensamento criativo, a atração dos participantes no processo criativo.
É bem possível que surja em breve um elemento gráfico interessante na identidade corporativa da marca. Nesse ínterim, vai sendo promovido gradativamente, mais e mais pessoas conhecerão suas iniciativas, que falam da ampliação da esfera de influência dessa comunidade de pessoas criativas.